Leonardo desenvolveu o conceito durante o final do século 15, enquanto trabalhava para Cesare Borgia como engenheiro militar. A ponte foi projetada inicialmente para uso militar, permitindo a rápida travessia de rios por tropas, o que aumentava a mobilidade e o elemento surpresa em campanhas militares.
A ponte autoportante é formada por vigas longitudinais e transversais, sendo montada sem juntas fixas ou pregos. Uma vez montada, o próprio peso da ponte cria a pressão necessária para que as vigas se encaixem e travem umas às outras, funcionando de maneira semelhante a uma tesoura. Isso a torna mais estável quanto mais carga for aplicada na parte superior, como o peso de tropas ou equipamentos.
Cada viga da ponte age como uma barra biapoiada, ou seja, é suportada em duas extremidades. Os apoios das barras longitudinais se apoiam nas barras transversais, distribuindo a carga por toda a estrutura. As barras centrais sofrem principalmente com a flexão, enquanto as barras nas extremidades enfrentam compressão. A engenhosidade da ponte reside em como as forças são distribuídas, garantindo que a estrutura permaneça estável sem a necessidade de fixações permanentes.